quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Perspectivas na janela.


O tempo estava meio cabreiro, e parecia que não iria abrir. E com sua desocupação e com a falta de programação boa na sua tv, observava os pingos de chuva brincando de apostar corrida pela sua janela, achando que se mudasse a posição de ver por ela, poderia lhe trazer uma nova perspectiva.
Ela procurou achar nas perspectivas, respostas nas quais ela nunca saberia se eram as respostas que poderiam lhe dar, mas achava que seria melhor pensar assim. Nas respostas. Respostas. Eram respostas bobas, mas que a fazia se sentir a não-secundária, a que fez por merecer, a que conseguiu o que realmente queria. Mas eram só perspectivas, e não respostas concretas de alguém que ela queria que saísse do próprio vocabulário de outra boca, dos lábios finos e de outra saliva.
Às vezes, a chuva traz sensações que são propriamente perspectivas, mas não trazem respostas. A chuva não deve gostar muito de respostas, não pelo menos respostas concretas e nem as que mais queremos, pelo menos, sentir. São apenas perspectivas, nada além disso.
E respostas à parte, ela não as encontrou.

Um comentário:

C disse...

Ms trazer perspectivas já é uma coisa muito grande. TUDO começa com pensamentos.